A Guiné-Bissau é um país com uma alta prevalência de paludismo durante o ano inteiro, sobretudo na estação de chuva. Em 99% dos casos, a doença é provocada pelo Plasmódio falciparum, o agente patogénico mais perigoso, e é chamada malária trópica. Os indivíduos adultos que moram permanentemente na Guiné-Bissau, muito provavelmente tiveram vários episódios de malária durante a sua vida. Desta forma, podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma caso houver uma nova infecção. O maior perigo são as crianças menores de 5 anos, porque quando apanham o paludismo não tendo nenhuma proteção imunológica contra a doença podem ter complicações sérias que poderão conduzir à morte.

É uma doença contagiosa?

A malária não é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra.   

Como é transmitida esta doença? 

A transmissão dá-se através de picadas do mosquito Anopheles (fêmea), infectado que chupa o sangue de uma pessoa infetada e depois repete a mesma acção numa pessoa sã.

Quais são os sintomas da Malária?   

Febre Alta (o corpo fica muito quente sobretudo no fim da tarde ou à noite);    

Calafrios (mesmo se a pessoa estiver exposta ao sol);

Tremores;     

Suor;

Fraqueza;

Dores de cabeça forte que podem ocorrer de forma cíclica;

Dores no corpo (Bacia, juntas, etc).

Quais são as complicações desta doença? 

Prostração (fraqueza);

Alteração da consciência;     

Dispneia ou hiperventilação;

Convulsões (ataques);

Vómito, diarreia ou dores de barriga sobretudo nas crianças;

Hipotensão arterial ou choque;

Alteração de consciência, confusão mental e sonolência;

Anemia;

Hemorragias.

Como é diagnosticada a doença?

A malária é diagnosticada através de testes como: exame microscópico (gota espessa; esfregaço delgado); testes rápidos.

Como se previne esta doença?

Evitar lugares onde os mosquitos podem se proliferar com rapidez; 

Evitar o acumulo de águas de modo tal a não criar poças de água ou algo parecido;

Cobrir qualquer recipiente ou depósito de água como: potes, tanques, etc.

Usar repelentes regularmente sobretudo ao anoitecer;

Cortar ervas e palhas perto de casa com frequência;

Pôr redes nas janelas e portas para evitar que os mosquitos entrem em casa;

Usar vestuários compridos nos horários críticos;

Usar mosqueteiros para se defender das picadas(sobretudo noturnas). Estima-se que as redes tratadas com inseticida sejam duas vezes mais eficazes que redes não tratadas e que ofereçam mais 70% de proteção quando comparadas a outras redes.

Qual é o tratamento indicado para a cura?

O tratamento depende de alguns factores como a espécie protozoário infectante; a idade do paciente; gravidez e outros problemas da saúde, além da gravidade da doença. Normalmente as dozes e os horários para o tratamento são fundamentais a cura da malária. 

Estatísticas mundiais sobre a doença.

Embora o número de casos de paludismo em todo o mundo tenha diminuído nas últimas décadas, o número de doentes de malária ainda é de 200 milhões e o número de mortes é de 600.000, afectando principalmente crianças.

A doença encontra-se presente Trópicos e Subtrópicos, sobretudo na África (90% de todos os casos), na Ásia e América Latina. As várias áreas de malária diferem em partes do tipo patógeno de malária que é comum naquela zona.

Dica importante no caso desta doença?

Sendo uma doença que poderá conduzir a morte do paciente, é importante avaliar a situação, e em caso de desconfiança fazer o exame/teste que permitirá a identificação da doença.

Atenção!

A imunidade parcial pode-se perder no caso da gravidez (perigo para a mulher grávida e para o feto) e também, depois duma estadia de mais de 1 ano fora do país onde há malária.

É uma doença frequente e muito perigosa.